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"Símbolo de compromisso". Espanha e governo palestiniano celebram primeira reunião desde o reconhecimento do Estado

por Rachel Mestre Mesquita - RTP
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez conversa com o primeiro-ministro palestiniano Mohammad Mustafa durante uma cerimónia de assinatura de um acordo no Palácio Moncloa em Madrid, em Espanha, a 21 de novembro Susana Vera - Reuters

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, e o seu homólogo palestiniano, Mohammed Mustafa, assinaram esta quinta-feira quatro acordos bilaterais durante uma reunião intergovernamental no Palácio da Moncloa, em Madrid, a primeira desde que Espanha reconheceu o Estado da Palestina, a 28 de maio.

A reunião entre os dois líderes representa "um símbolo do compromisso de Espanha com o presente e o futuro da Palestina", segundo o comunicado de imprensa do Governo de Espanha. E tem como objetivo "ajudar a promover o Estado palestiniano a nível internacional" e a "encorajar outros países a seguir o exemplo de Espanha", assim como de da Irlanda, Noruega e Eslovénia, que reconheceram oficialmente o Estado da Palestina este ano.

Durante este encontro bilateral "Espanha comprometeu-se em apoiar a Palestina com pelo menos 75 milhões de euros" e reafirmou a parceria entre os Estados através da assinatura de quatro acordos. "Reafirmamos a nossa parceria para a paz e damos um novo impulso às nossas relações bilaterais, com a assinatura de quatro acordos nos domínios do trabalho, da educação, da juventude e da agricultura", afirmou Pedro Sánchez,  numa publicação na rede social X.

"Fazemo-lo em pé de igualdade, para promover a prosperidade e o desenvolvimento das nossas sociedades",
insistiu o primeiro-ministro espanhol, que voltou a garantir que a "a Espanha continuará a trabalhar para encontrar uma solução política para o conflito".


Recorde-se que é a segunda vez que Pedro Sánchez acolhe no Palácio da Moncloa, a residência oficial do chefe do Governo em Madrid, um representante do Estado da Palestina. No mês de setembro, o primeiro-ministro espanhol recebeu o presidente palestiniano Mahmoud Abbas.
Mandatos da CPI são "sinal de esperança"

Na sequência da decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), anunciada esta quinta-feira, a Autoridade Palestiniana saudou a emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o antigo ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, considerando-a como um "sinal de esperança e de confiança no direito internacional e nas suas instituições", de acordo com um comunicado da agência noticiosa nacional Wafa.

No entanto, a Autoridade Palestiniana não fez qualquer referência ao mandado de detenção para Mohameed Deif, chefe do braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, anunciado pelo Tribunal Penal Internacional na mesma data.

c/agências
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